The Forgotten
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[EMP] Aim, The Rude

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Mensagem por Aiemi Thefor Jador Dom Dez 28, 2014 3:11 am



The Forger

 

Era um dia de sol brilhante, mas Aiemi não o estava vendo. Enfurnado em sua toca, o jovem argoniano se preparava para mais um dia de calor infernal e muito trabalho braçal em sua forja. Frente as chamas, imóvel em sua cadeira, o rapaz observava as quatro placas de glacium mudarem lentamente sua cor para um laranja cada vez mais brilhante. Já havia separado todos os materiais que precisaria para o trabalho naquele dia, a começar pelas quatro barras que já estavam no fogo, e terminando em mais duas que estavam espalhadas sobre sua mesa de trabalho. Ao notar pelo tom de cor do metal que esse estava pronto para sair do fogo, o jovem pegou sua tenaz e girou duas vezes no ar antes de pegar o material quente e levar até a bigorna para começar o “tratamento”. Era claro que seus equipamentos de proteção estavam colocados, na verdade, não lembrava nem da última vez em que tirara aquilo... brincadeira, fora na noite anterior mesmo, para dormir. Só faltava um equipamento, o qual Aiemi esticou a mão para buscar e cobriu seu rosto com ele. A máscara era incomoda para usar o tempo todo, mas uma peça fundamental para segurança dos preciosos olhos e – quem sabe – traços do argoniano.

Já preparado, buscou o seu pesado martelo do outro lado e ergueu-o acima de sua cabeça, começando a lançar pancadas sobre o glacium com brutalidade e maestria. As quatro placas, que haviam sido colocadas em fileira, começaram lentamente a ser fundidas pelas marteladas e devagar foram se transformando em apenas uma barra bem grande. O armeiro continuou batendo de modo a fazer diminuir a espessura da barra e aumentar sua largura, e somente quando o metal começou a perder a coloração alaranjada ele parou e levou o “projeto de espada” para o forno. Aproveitou-se para se alongar um pouco e dar uma voltinha pela toca, mesmo que esta não tivesse para onde ir ali. De volta para a fornalha, usou sua ferramenta novamente para puxar a barra em chamas do fogo, levando-a à bigorna e voltando a atingi-la para que tomasse a forma que ele desejava.

Quando finalmente sua bastarda tinha a forma e espessura que desejava, o ferreiro examinou cuidadosamente se estava de fato do modo como ele gostaria, e só então começou a moldar os gumes. Com pancadas bem mais cuidadosas, o jovem foi afinando pacientemente as beiradas da espada, até que essa estivesse igualitariamente ajustava ao redor de toda a espada. Quando acabou, seu trabalho estava quase pronto, mas antes de continuar, o armeiro examinou cuidadosamente toda a extensão da arma, com o intuito de checar que se estava de fato alinhada e sem pequenos defeitos. Apenas após consertar todos os erros perceptíveis a visão aguçada do argoniano, este deu-se então por satisfeito e buscou um pouco de argila para encobrir o metal e leva-lo ao forno novamente. Esquentou o metal na medida que seu velho mestre ensinara que era a certa e depois o levou até a água para esfriar, uma fumaça de vapor subiu ferozmente, fazendo todo o ambiente ficar ainda mais abafado. Repetiu essa operação por mais algumas vezes, e na ultima o fez com vagarosidade e paciência. Por fim, o armeiro puxou a espada quase pronta para fora da água a examinou mais uma vez, em seguida girando-a no ar com a maestria de um guerreiro para checar seu balanço atual, estava perfeita. Quer dizer, só faltava uma coisa, que foi a tarefa à qual ele se dedicou na sequência. Usando a pedra de amolar, passava com carinho a lâmina pela roda de pedra a girar, afiando-a cuidadosamente até que seu fio chegasse a um ponto onde não poderia afilar mais. Quando os gumes ficaram prontos, levou a lâmina até a mesa de trabalho e lá encaixou seu punho e pomo, logo em seguida a polindo-a com o carinho de uma mãe que cuida de um bebê recém-nascido.

Com uma expressão satisfeita no rosto, o jovem argoniano retirou toda sua proteção e se viu excitado com sua mais nova aquisição, girava-a no ar como uma criança a brincar com seu mais novo brinquedo. Custou algum tempo fazendo isso e depois de muita euforia, o rapaz a embainhou com uma das bainhas que tinha prontas e abriu a pequena, alta e única janela da sua toca. O sol brilhante ofuscou seus olhos por alguns segundos e uma brisa agradável tocou-lhe o rosto de leve, respirou fundo e encarou o ambiente fixamente, deixaria o resto das forjas para após o almoço, já era cerca de meio-dia e ele estava faminto. Ferreiros podem ser de tudo, mal encarados, insensíveis calejados ou qualquer outra coisa, mas se tem uma coisa que eles não são, é de ferro.

Detalhes (alerta de spoiler :v) :
 

  Thanks, Thiago Leveck.


Última edição por Aiemi Thefor Jador em Seg Dez 29, 2014 5:51 am, editado 5 vez(es)
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Mensagem por Gabs Seg Dez 29, 2014 1:56 am

Avaliação



Não notei muitos erros que pudessem te prejudicar, e o processo de forja foi escrito de maneira correta, mas na minha opinião poderia ter sido melhor detalhado, já que embora não tenha sido feito da forma errada, foi descrito de forma muito breve e em alguns momentos vaga. Aconselho que melhore esse ponto para continuar evoluindo.

Recompensa: 17 PP

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[EMP] Aim, The Rude Empty Re: [EMP] Aim, The Rude

Mensagem por Aiemi Thefor Jador Seg Dez 29, 2014 2:04 am



The Forger

 

O argoniano voltava do almoço - bem feito num barzinho, que há muito era frequentado pelo jovem ferreiro -, quando uma jovem o surpreendeu. Era uma aluriana jovem, de cabelos brancos e olhos alaranjados, lembrava muito sua última cliente na verdade, não fosse os olhos daquela outra serem azulados.
― Procurei você por toda parte! ― exclamou ela.
― Diga. ― falou o ferreiro, não querendo ser rude, mas apressado para voltar a seu trabalho.
― Preciso que forje algo para mim... uma armadura. ― respondeu sem se abalar.
― De quê? Leve, né? ― questionou, examinando o corpo da garota.
― Do melhor material que tiver, desde que 15 falcões e esta joia possa pagar. ― falou exibindo um anel de rubi.
― Você sabe onde é minha forja, certo? Passe lá ao pôr do sol.
Claro que ele andava com sua fita métrica no bolso, era um alfaiate por vocação. E assim o ferreiro voltou para sua toca, excitado sobre seus dois novos pedidos, ambos seriam de glacium, um metal incrível. E tinha sua bastarda jogada na cintura como prova de que aquele material era um dos melhores com o qual Aiemi já trabalhara, com uma aura de gelo na lâmina, coisas desse material queimavam com o toque e podiam chegar até a congelar.

Sem muita demora, foi vestindo toda a proteção necessária e adicionando os materiais a serem usados à sua mesa de trabalho. Com auxílio de uma lâmina especial, o ferreiro cortou três barras do metal em tiras, seguindo as medidas que ele carregava em seu caderninho. Começaria pela armadura, por tê-la prometido para aquela tarde mesmo, enquanto a outra garotinha só viria buscar sua espada no dia seguinte. Após ter todas as tiras que necessitava, o argoniano buscou então seu molde para armaduras, e iniciou as marteladas - com o martelo adequado, um mais leve que o de moldar espadas - com cuidado para fazer curvas no metal de forma que pudessem ser encaixados posteriormente. Primeiro fez as peças para a ombreira, medindo-as entre si para que encaixassem perfeitamente e formassem uma concha. Repetiu o processo para a segunda ombreira, e as mediu para ver se estavam no tamanho certo. Após consertar as medidas e melhor a forma das duas, pegou mais algumas tiras de metal e trouxe para a mesa. Moldando com paciência ele formou devagar a forma do peitoral com as tiras, tinha cuidado para deixa-las moveis, com uma ligação apenas nas pontas para que pudessem não atrapalhassem a mobilidade de sua futura dona. Quando estavam prontas, o ferreiro forjou alguns detalhes no meio dela, a cliente pedira isso. E continuou com o trabalho de marteladas cuidadosas sobre as tiras de metal, moldando-os nas formas necessárias e formando devagar uma armadura básica e um tanto quanto leve. Por fim, fez alguns anéis de metal para prender todas as peças nas partes necessárias e as mediu novamente, checando se estavam boas, se bem que apenas sua cliente iria definir isso, quando chegasse. Terminou de ajeitar os pequenos detalhes da armadura, para que ficasse enfeitada ao ponto que a aluriana queria, por fim costurando um revestimento de couro por baixo e estava pronta.

Arrumou a armadura recém-feita em cima de uma cadeira num canto e então foi alimentar as acender mais sua fornalha, as chamas - que já estavam quase apagadas – foram subindo lentamente até que este estivesse suficientemente forte para aquecer o rosto do armeiro de longe. Em seguida com sua tenaz, o armeiro jogou outras duas placas do metal reluzente no fogo. E deu uma subida até a entrada de sua forja, onde o sino que poderia o chamar de lá da toca jazia imóvel, enquanto o sol se punha no horizonte, tão alaranjado quanto um metal pronto para ser forjado. E a tal aluriana estava sim lá, mesmo que não tivesse agitado o sino para chama-lo.
― Sua armadura já está pronta, senhorita. E - se quisesse me chamar - era só agitar o sino ali. ― disse apontando para o objeto de prata. ― Venha.
A garota acenou e se levantou, seguindo o ferreiro para dentro da toca. Lá, o armeiro retirou as peças de glacium que brilhavam forte na fornalha, e as levou para a bigorna enquanto falava com a garota-tigre.
― Ali, naquela mesa. ― apontou com o imenso martelo.
A garota olhou para a armadura, visivelmente encantada, e pôs sua mão sobre ela ingenuamente.
― Não a toque por fora assim descuidadamente, senhora. É um metal magico, queimará todos que ousarem tentar tocá-la.
O ferreiro deu largas martelas sobre as outras barras de glacium sobre a bigorna, incomodando um pouco a cliente, já que ela pôs as mãos sobre o ouvido.
― Toque apenas no revestimento que eu fiz e a vista para que possamos terminar os negócios.
Continuou moldando a espada que tinha de fazer, enquanto a garota se ajeitava dentro de sua nova armadura.
― Perfeito! ― ela exclamou de repente, exibindo a forja do argoniano em seu corpo e testando sua mobilidade. ― Muito obrigado. ― disse pegando as moedas de dentro de sua bolsa e tirando de lá seu anel de prata também.
― Os deixe naquela mesinha ali - apontou o ferreiro - eu é que agradeço. ― encerrou com um sorriso.

Após a garota ter ido embora, o ferreiro passou a lançar pancadas firmes contra a barra, forjando-a até que esta assumisse forma perfeita de uma espada. Quando acabou, checou se havia imperfeições sobre a lâmina e as consertou com um martelo menor, na sequência usando esse martelo menor para iniciar a moldagem dos gumes. Com carinho e maestria, o ferreiro afinou toda as beiradas da espada. Quando viu que seu trabalho estava terminado, o armeiro envolveu a lâmina em argila, e a levou de volta à fornalha. Girando o ombro, ele puxou a cadeira e sentou-se para aguardar a lâmina esquentar o suficiente. Não demorou muito e ele tirou-a do forno e levou até o resfriador, lá, resfriou a lâmina e repetiu o processo de aquecimento. Após resfriar algumas vezes, fez uma última, com calma, a fim de tirar a dureza da lâmina. Satisfeito, o ferreiro ergueu seu trabalho no ar, vendo seu balanço atual. Aiemi era um ferreiro bastante perfeccionista com suas coisas, era inegável, o rapaz foi até a pedra de amolar e começou a afilar as bordas daquela arma. Passou um longo período girando a pedra e passando a lâmina contra ela, num som continuo, que seria impossivelmente irritante para qualquer um que não fosse um armeiro. Quando viu-se satisfeito, levou-a até a mesa e cortou uma maça que havia em cima dela, a lâmina passou por dentro da fruta quase como se não houvesse nada em seu caminho. Estava ótimo.

O ferreiro abriu a janela de sua toca, buscou um copo com água e bebeu pacientemente olhando o escuro lá fora, o dia fora longo. Encaixou o pomo e o punho da espada e testou com um incrível vigor depois de tanto trabalho, quando viu-se satisfeito, embainhou a espada e a pôs sobre sua mesa. Saiu e fechou a porta de sua velha toca, era hora do jantar.

Detalhes (alerta de spoiler :v):
 

 Thanks, Thiago Leveck.
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Mensagem por Milady Seg Dez 29, 2014 4:44 am

Avaliação



Não encontrei erros na forma em que foram forjadas ambos os itens. Está tudo coerente e a sensação que eu tenho é de que você está melhorando referente a postagem passada. Retiro apenas 1 pp da premiação total porque acho que você pode melhorar mais ainda.

Recompensa: 19 PP


Milady



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Mensagem por Aiemi Thefor Jador Seg Dez 29, 2014 5:52 am



The Woodcutter

 

Era uma manhã fria pós madrugada chuvosa, quando Aiemi, o ferreiro, resolveu sair para cortar madeira para sua forja. Nem todos sabiam, mas o argoniano não trabalhava apenas com metais naquele lugar, para falar a verdade, o rapaz sabia fazer uma gama de tipos de trabalhos manuais e artesanais. Dentre eles, a carpintaria.

O pequeno bosque próximo da vila onde ele morava não tinha lá a maior variedade em tipos de madeira, mas o argoniano não estava mesmo interessado em nenhuma madeira rara ou muito especial. Puxando um tipo de carrinho de metal que ele mesmo fizera, o ferreiro avançou em direção ao bosque, com o machado sobre o ombro. Não adentrou muito, não havia necessidade, já que encontrou logo na orla uma árvore bastante útil para fazer itens mágicos. Pinho não era a melhor das madeiras, mas para quem não tinha nada no momento, estava de bom tamanho.

Aproximou-se do tronco e o examinou de todos os lados, para checar se a madeira estava realmente em bom estado. Vendo que sim, limpou um pouco com a mão o casco e se afastou, direcionando o machado e distanciando-o na horizontal. Com um movimento rápido e uma pancada firme, o metal do machado adentrou pelo tronco da árvore, se fixando lá. Com bruteza, o rapaz puxou o machado de volta e balançou de novo contra o tronco. Por causa do tamanho da ferramenta que o lenhador usava e do pouco diâmetro do tronco, o pinheiro já começou a começou a ceder com a segunda pancada. Aiemi deu uma terceira por garantia, e então pegou a corda em seu ombro e amarrou-a bem acima do corte que houvera feito. A madeira já bambeava, enquanto ele se afastava na direção oposta ao corte, segurando a corta. Longe o suficiente, o carpinteiro puxou a corda com vigor, fazendo toda a pinheira balançar e seu tronco estalar alto no lugar onde estava danificado. O argoniano andou um pouco para o lado, enquanto a árvore caia perto dos seus pés, arranhando-o de leve com seus galhos.

Nos momentos finais do trabalho, o jovem podou todos os galhos, deixando apenas o que ele precisava: o tronco. Este, o rapaz golpeou novamente em vários pontos, a fim de fazer várias toras de tamanho médio, cinco delas para ser exato - era o que ele conseguiria carregar. Quando acabou, arrastou cada uma delas até seu carrinho amarrou todas juntas com a corda de outrora. Era cerca de dez da manhã, quando o carpinteiro partiu de volta para a toca, era hora de começar seu real trabalho.

Detalhes (Olha o spoili q):
 

  Thanks, Thiago Leveck.
Aiemi Thefor Jador
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Mensagem por Milady Seg Dez 29, 2014 8:56 pm

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