The Forgotten
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Mensagem por Eragon Ter Dez 16, 2014 4:30 pm

JOALHEIRO #1

Lá estava Eragon, com uma pequena barraca montada no centro de Suzail, oferecendo seus serviços para aqueles que pagassem bem. Logo, um anão se aproximara, e o bahaliano fizera negócio sem hesitar: entalharia uma joia em troca do material utilizado e alguns trocados por sua mão-de-obra, a depender do resultado final.

O pedido, em si, não tinha complicação alguma, à exceção do formato: uma caveira. Eragon logo concluíra que não poderia realizar o trabalho sem a ajuda de uma fornalha, que encontrou na casa de um antigo forjador, Jormundur, a quem o jovem já havia prestado alguns serviços. O local era agradável e prático, pois havia ali todo o tipo de ferramenta que poderia ser necessária. Explicando sua situação a Jormundur, o ferreiro compadeceu-se do problema de Eragon e pediu-lhe a placa de metal. "Trabalhe na pedra", disse o senhor", que eu vou derreter o metal até que fique líquido. Então, banharemos a esmeralda na prata."

Parecia uma solução cabível - e a única, aliás.

Sentando-se à bancada de trabalho, Eragon retirou a esmeralda de sua sacola e sentiu-a em sua mão, passando os polegares pela pedra, alisando-a, de forma a procurar por locais onde ela poderia ser melhor aproveitada. Franzindo o cenho, ele pegou algumas ferramentas de Jormundur e utilizou-as em seu ofício.

Eragon começou pela encanetação. Pegando um pequeno bastão de madeira - a dita "caneta" -, ele passou um pouco de cera na ponta e derreteu-a numa lamparina, moldando-a com as mãos de forma a criar uma "cabeça" para a caneta, ou seja, uma ponta feita de cera onde pudesse prender a esmeralda. A medida que derretia a cera, apertava-a com os dedos para dar uma forma de cone, de forma que pudesse grudar a base - uma parte lisa - da pedra ali. Então, com o auxílio de uma pinça, pegou a esmeralda e esquentou-a um pouco, que era um passo importante para que ela conseguisse ser afixada ao lacre (ou seja, à cera na ponta da caneta). Nivelando a pedra com a cera, era a hora de continuar.

Antes de começar a lapidar, era necessário que um pouco de água fosse usada para resfriar a roda de corte, lubrificando-a delicadamente com essa roda em rotação. Caso o metal aquecesse demais, todo o trabalho poderia ser perdido, então ele sempre se assegurava de que ela nunca ultrapasse uma determinada temperatura. Após esse resfriamento, ele pressionou a mesa - a base da gema - no metal giratório e criou a primeira faceta. A ideia era que o atrito da pedra com a roda não fosse nem tão forte a ponto de quebrá-la, nem tão sutil a ponto de demorar horas para fazer uma faceta; uma velocidade média era a ideal.

Assim, inclinando levemente a esmeralda para cada nova faceta, Eragon prosseguiu o seu trabalho, alternando entre resfriar a roda e desgastar a pedra, desgastando mais algumas facetas do que outras, devido ao formato pedido.

Ao final da segunda parte, Eragon tinha uma esmeralda interessante. Basicamente, se pudesse dividi-la em partes, havia o quadrado superior - um pouco maior, seria a cabeça em si - e o quadrado inferior - menor, era a parte da boca e do queixo.

Apreciando o resultado, ele observou que, ao redor da roda de corte, havia um pequeno pó de esmeralda, que era a parte que fora desgastada. Inclinando a cabeça, uma lâmpada acendeu-se acima de sua cabeça, e Eragon decidiu separar aquele pó para usá-lo depois, como acabamento.

De qualquer forma, ainda era necessário polir a pedra. Na roda de polimento, ele passou um pó verde, que fazia o papel de polimento, e misturou água novamente, para que fizesse uma espécie de "pasta" para polir. Eragon pressionou a caneta com a mesa para baixo, polindo a primeira faceta, e assim repetiu com cada uma das facetas, terminando o "acabamento" da esmeralda.

Nesse momento, antes de pedir a ajuda de Jormundur, Eragon passou um óleo como um esmalte, que além de dar mais brilho serviria como "cola". Assim, o joalheiro salpicou o pó de esmeralda já citado anteriormente em dois pontos principais no quadrado superior: os olhos, como se fossem duas pequenas pirâmides. Então, ele utilizou o que restou no quadrado inferior, delineando uma linha ligeiramente curva e que fazia o papel de "sorriso cruel".

Analisando o resultado, Eragon se deu por satisfeito e foi conversar com Jormundur. O senhor estava numa forja, um local que irradiava calor. Ao entrar, o bahaliano tossiu com a nuvem de ar quente que o atingiu.

"Acabei, senhor Jormundur", ele anunciou. O velho pegou a pedra e assentiu, apreciando o trabalho momentaneamente.

"Muito bem, jovem Eragon", ele parabenizou, apontando para um canto da forja. "Pegue ali um molde circular. Traga também uma bacia com água."

Fazendo o que lhe fora pedido, Eragon vasculhou gavetas de uma mesa de trabalho bagunçada até achar uma lata com o entalhe de "MOLDES". Abriu-a e pegou um aro de tamanho suficiente para caber no dedo do anão que lhe contratara. Então, foi até a cozinha do local e encheu um bacia de metal com água.

Retornando, Jormundur o instruiu a repousar o molde numa bancada, e assim fê-lo. O senhor, pegando um pouco de prata líquida com uma concha, despejou o metal no molde apenas o quanto fosse necessário. Então, fez um sinal para que Eragon continuasse. Sabendo que o metal precisaria ser resfriado, o bahaliano pegou o molde com uma pinça e jogou-o na bacia, o que resfriou a prata.

"Como pretende fazer com a caveira?", indagaria o joalheiro, mas foi surpreendido ao observar a esmeralda já coberta ligeiramente por uma fina camada de prata, conservando o seu tom verde, mas adquirindo o brilho metálico. A prata não chegava a cobrir os olhos e a boca, o que acabou ficando bom, pois o pó de esmeralda servia como um adorno improvisado.

"Descanse um pouco, jovem. Você nem percebeu, mas o sol já se foi a muito tempo." Eragon olhou pela janela e constatou que já era madrugada. Toda a ala habitacional de Suzail estava apagada. Seguindo as instruções do senhor, Eragon tirou um cochilo rápido...

... E esse cochilo durou cerca de oito horas.

Quando acordou, encontrou Jormundur com uma joia que parecia tão frágil em suas mãos robustas. O senhor observou que o bahaliano estava de pé e chamou-o com um gesto de cabeça.

"Está excelente."

"Devo muito a você, Jormundur", e Eragon fez uma breve mesura. O forjador sorriu em resposta e deu-lhe um tapinha nas costas, entregando-lhe o resultado final.

"Vá fazer negócio, Eragon. E passe mais aqui", convidou-o. "Espero que ainda possamos realizar joias tão boas quanto essas."

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Mensagem por Guardian Qua Dez 17, 2014 3:46 am

Avaliação



Estou impressionada com esse seu post do emprego de joalheiro e principalmente, admirada pelo fato de ter pesquisado sobre assunto. Só por isso e pela delicadeza presente em todo movimento que Eragon fazia para moldar e montar o anel, eu lhe darei o máximo de peças de prata que pode-se adquirir em um emprego. Estou realmente surpresa por esse post e espero realmente que continue assim. O seu tópico de dado está aqui. Parabéns pela bela narração, Eragon.

Recompensa: 20 PP


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Mensagem por Eragon Seg Dez 29, 2014 12:14 am

JOALHEIRO #2

Eragon brincava com um pequeno elo de metal que conseguira com Jormundur, seu antigo amigo forjador, ao passar na casa dele após receber um pedido em sua pequena barraca montada no centro de Suzail. Com seu dom mercantil, arranjar a pedra necessária - o rubi, segundo ordens da bahaliana que encomendara - fora a parte fácil do trabalho, mas a lapidação exigiria muito mais de seu esforço, como sempre.

Recolhendo-se na sua modesta casa, esperou até a noite cair para pôr a mão na massa. Eragon sentou-se à mesa de trabalho e analisou cuidadosamente os dois materiais que possuía: o anel de prata tinha um engaste, pronto para receber a pedra; já o rubi, não bruto, mas já cortado, precisaria passar pelo processo manual até dar-lhe algum valor de mercado.

O jovem tomou o rubi em mãos e, franzindo o cenho, passou um pano sobre pedra, limpando algumas impurezas que se acumularam durante o dia, enquanto já aproveitava para observar locais onde a lapidação poderia ser melhor feita, favorecendo o formato da pedra.

Passando o dedo, percebeu que ela já tinha um lado mais plano e, portanto, decidiu que ali seria a base. Pegando o costumeiro bastão de madeira, Eragon colocou cera na ponta e derreteu-a numa lamparina, moldando-a ainda quente com os dedos para que a forma encaixasse no rubi. A caneta - como chamado aquele instrumento - só ficaria pronta quando ele, após esquentar a pedra na chama com o auxílio de uma pinça, prendesse o rubi ao lacre, que nada mais era do que a ponta com cera, e então nivelasse-a.

Com uma espécie de "pia" colocada logo acima da roda de corte, de onde caía uma gota de água a cada cinco ou sete segundos, ele resfriava o metal, evitando que este esquentasse demais a ponto de perder todo o trabalho. Pressionando a base da gema - isto é, uma das facetas mais lisas inicialmente - contra a roda, ele atritou a pedra contra a roda de uma forma, não forte nem fraca, mas ideal. Afinal, o serviço não poderia se alongar muito, tampouco a pressa era amiga da perfeição.

Numa inclinação padrão, Eragon prosseguiu com o trabalho, criando outras quatro facetas em diagonal, que davam ao rubi um aspecto meio quadrado, que era o recomendável devido ao formato inicial da gema. Assim sendo, não demorou muito para que aquela parte acabasse, podendo então polir.

Na roda de polimento, ele pincelou uma mistura de pó verde - pó de diamante, que serviria para desgastar o rubi - e água, criando uma espécie de "pasta". Eragon pressionou a caneta na mesa para baixo, polindo a mesa - a base da pedra - e repetindo o esquema com as outras quatro facetas, sempre tomando cuidado com a velocidade da roda e o seu resfriamento, tendo que ocasionalmente parar e pincelar mais água para só então continuar.

Ao final, possuía uma joia bem trabalhada e com quase nada do seu potencial perdido; pelo contrário, todo o seu poderio fora aproveitado. O garoto incrustou o rubi no elo de prata, para assim terminar seu trabalho. Antes de dormir, testou-a, vendo se passava tranquilamente por seu dedo, e sorriu ao notar que ela estava ótima.

Agora, pensou, um pouco antes de cair no sono, é só fazer negócio.

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Mensagem por Guardian Ter Dez 30, 2014 1:37 am

Avaliação EMP



Serei sincera e breve, achei que este processo foi muito mais pobre que o anterior descrito, faltou detalhamento, pensamentos e emoções do personagem e até mesmo um cansaço físico pelo trabalho, descrito em texto, que poderia dar maior conteúdo a sua narração. Além disso, penso que seria uma ótima forja de complementar seu emprego, forjando você mesmo o anel, como vi em outros empregos de joalheiro. Não é justificativa a gema de rubi não ter uma forma mais difícil, que você não poderia desenvolver melhor o texto.

Recompensa: 12pp.


Guardian
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