[EMP] Kyle Gauther - Ladino e Domador

Que tal esse?

Minhas costas estavam doendo de tanto ficar encostando no muro da Boca do Dragão, um capuz escondia meu rosto e grande parte do meu corpo deixando apenas visível meu rabo azulado com a ponta em formato de lança. A duas horas estava no local observando a movimentação de pessoas para um lado e pro outro, esperando pacientemente meu cliente, que segundo o Haol (Um anão medíocre que vivia nessa taverna) queria que eu efetuasse um roubo, coisa simples mas que daria um bom dinheiro no final. Humpf, tava mais pra me dar uma boa dor nas costas.
O pior que eu tinha que esperar, precisava daquele dinheiro para abrir minha loja como Domador e esquecer de vez essa vida de Ladino, bem, de vez não mas parar um pouco com esses pequenos roubos que me sustenta. Alisando o cabo do meu punhal, vi um humano andar em minha direção com passos decididos. Sua pele era branca, seus cabelos eram dourados e caiam em cachos no seu ombro, uma barba longa cobria seu queixo e seus olhos castanhos eram inquietantes, até demais. Aqueles olhos me lembrava minha mestra... Balancei a cabeça tentando tirar sua imagem da minha mente. Olhei na direção do sujeito que já estava parado a minha frente olhando para os dois lados com desconfiança. Idiota, aquilo chamaria muito atenção.
- Vamos entrar na Taverna e tente agir normalmente. - Rosnei para esse adentrando na Boca do Dragão tirando o capuz. Ali todos me conheciam e não tinha por que esconder minha face.
Caminhei lentamente para o canto do local sentando-me rapidamente em uma cadeira com as costas viradas para a parede, assim podia observar quem entrava e saía do recinto. Fora assim que aprendi a me comportar em ambientes fechados e isso já se tornara natural para mim. Encarei o sujeito a minha frente que agora parecia mais relaxado, mas pelo jeito nunca tinha feito isso antes.

Olhei atentamente o local prestando atenção em cada detalhe e depois analisei o humano a minha frente, sorri para mim mesmo ao perceber aonde se encontrava uma bolsinha que possivelmente seria de dinheiro.
- Então, me diga o que deseja. - Falei fazendo um aceno com a mão para o dono do local e este por já me conhecer sabia que estava pedindo uma caneca de cerveja preta.
- Bem.. - A voz do homem era bem diferente do que eu imaginava, esperava algo grosso e masculino só que a voz que saiu de sua boca era parecida com um adolescente, fazendo com que eu quase dê risada. - Eu.. Eu quero que você roube um objeto para mim... É... É... Um documento. Sou mercador e este documento me dá a posse de um navio que a muito quero.
Assim que este terminou de falar o taverneiro colocou a cerveja em cima da mesa.
- E aonde este documento está? Na posse de quem? Está protegido? - Fiz essas três perguntas em sequência pois precisava saber de todos os detalhes antes de efetuar realmente o roubo. Se bem que aquele roubo seria algo extramente perigoso.
- Está com o carpinteiro que fez o navio, ele mora perto das Águas do Wyvern mas sei apenas isto. - Assim que ele terminou de me dá as informações que aquele serviço não seria possível ser feito por agora. O encarei atentamente e percebi que aquele roubo era algo que ele esperava muito.
Suspirei tomando um longo gole da bebida a minha frente enquanto tirava meu punhal da cintura com o rabo. Sorri para ele jogando o punhal para minha mão e a girando na mão.
- Estou de bem com vida hoje e em duas semanas me encontre neste mesmo local. Para meus contratos com os clientes, exijo um pacto de sangue. - Enquanto falava meu rabo ia devagar e com movimentos sutis na direção da bolsinha do humano a minha frente. - Sua mão.
O homem estendeu seu braço na minha direção e com a velocidade da minha profissão fiz um corte nesta fazendo outro logo em seguida na minha mão. Juntei nossas palmas o encarando com um leve sorriso nos lábios pois este estava com uma expressão de dor e encarava atentamente o "ritual", por conta disso ele nem percebeu que agora meu rabo estava se enrolando na sua bolsinha apertando-a firmemente.
- Juro por Helm e por Mask que irei efetuar este roubo para ti, você que me contratou para esta tarefe honrando os deuses Helm e Mask. Nos encontraremos daqui a duas semanas e caso nenhuma das partes cumpra o acordo, essa parte deve morrer. A parte de Ky é roubar o documento e entregar daqui a duas semanas. A parte desse humano é pagar o Ky daqui a duas semanas. Que assim seja.
Assim que terminei de falar puxei a bolsinha o encarando com um olhar atento e um sorriso se espalha pelo meu rosto ao perceber que ele não percebeu o que acabou de acontecer. Guardei a adaga e quando voltei minha atenção para ele percebi que este estava muito mais relaxado e até um sorriso se encontrava em sua face.
- Bem, pode ir e... Uma parte é adiantada. - Falei levantando o rabo mostrando a bolsinha do humano.
O homem arregalou os olhos levando a mão na direção de onde estava a bolsa a poucos segundos atrás e sem dá muita importância me retirei do local.

Assim que sai da Taverna enchi meus pulmões me lembrando do primeiro dia que entrei naquele local acompanhado da Mestra, minha querida senhora. Saudades dela, saudades de quando todos os roubos e os encontros com os clientes era arquitetado por ela. Mas a três anos que a vida não era mais assim e nada me restava além de meras lembranças.
Pegando a bolsinha do homem e a guardando, coloquei o capuz sobre a cabeça começando a andar na direção do roubo. As Águas do Wyvern.

Habilidades Usadas:

Armas Levadas:

Observações:

Avaliação EMP

Tome cuidado com a gramática, você está misturando dois tempos verbais e deixando desse modo, o texto confuso. Tente manter a narração ou só no passado, ou só no presente, mas aconselho veemente que mantenha no passado, é mais fácil de narrar.

Está meio confusa sua narração, pois não consigo identificar os outros sujeitos da narração, tente deixar o mais claro possível isso em seus outros roubos.

Senti a falta de um roubo, este para mim é apenas um amador, principalmente quando você mostrou a bolsinha de dinheiro, o que creio que não se encaixa de verdade em um furto, mas sim um pagamento do trabalho. De qualquer forma, considerarei o post como introdução apenas ao roubo verdadeiro.