The Forgotten
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[EMP] Gotta catch 'em all

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Mensagem por Avallon Auvryrret Seg Dez 01, 2014 4:12 am

vanwa haryon
you shall not walk in Drow lands through eternity


Com os olhos fechados, Avallon respirou profundamente, sentindo o ar a sua volta. A umidade alta era o que mais lhe chamava atenção, assim como o calor que devia fazer dentro daquela estranha caverna. Os dedos da mão direita se apertaram sobre a rocha sólida da entrada, um pequeno vão, quase imperceptível, por onde só se conseguiria acesso escalando. Já estava empoleirado ali há algum tempo, tomando coragem para encarar o que quer que estivesse a sua frente.

A mão livre acariciou a empunhadura de uma das maças de prata. Trazia consigo as novas armas, mas não trajava a armadura, o peso ainda o incomodava, e seria problemático sair por aí para domar criaturas se não conseguisse desviar de seus ataques. Soltou o ar dos pulmões, saltando pela fenda em um movimento único, caindo agaixado. O som de seus pés ecoou pela caverna, fazendo com que o Drow ficasse parado por alguns instantes, conferindo que nada se aproximava pelo simples som. Deu de ombros após algum tempo, pedras deviam cair vez ou outra, ou pelo menos, era o que o ambiente indicava, e as criaturas já deviam estar acostumadas.

Olhou ao redor, agora ali de baixo conseguia ter uma noção maior de onde se metia. Com dois metros de altura, era um gigantesco corredor de pedra que se estendia, como se um túnel tivesse propositalmente sido cavado dentro da rocha sólida. Era fácil perceber o musgo sobre as paredes segmentadas, e o bafo quente que subia da passagem que levava ao ponto mais adentro. Fez uma careta ao lembrar o que estava prestes a enfrentar, voltando a conferir o teto. Pequenas rachaduras davam uma iluminação básica, fraca, mas o suficiente para que conseguisse se guiar.

Já fazia um mês completo que seguia rastros e traçava padrões de marcas pelos arredores. Como Domador, Avallon aprendera a reconhecer os hábitos de um monstro, e ter se tornado um Mercenário ao ser exilado se mostrou um ótimo auxílio ao Ofício. Não apenas reconhecer traços e marcas que as criaturas interessantes deixavam, aprendeu a os seguir, interpretar e caçar se fosse preciso. Os sinais eram claríssimos, e finalmente tivera a certeza que precisava para se enfiar naquele buraco quente. Por mais estranho que fosse, havia ali um tom irônico de familiaridade, talvez até nostalgia, quantas eras faziam desde que fora banido do subterrâneo?

Espantou os pensamentos da cabeça com um movimento rápido, com toda sua história passada voltando aos poucos, começava a cogitar voltar usar o nome de família, Avallon Do'Uren nunca soou mal afinal. Deu de ombros, era assunto para ser discutido com Saphira, quem aliás, nem sequer sonhava que ele se estava se arriscando naquele momento, ou pelo menos, era assim que gostava de acreditar. Saiu logo cedo, aos primeiros sinais de que o sol nascia, deixando apenas um bilhete para sua Raana, avisando-a que sairia para exercícios matinais.

Podia ser bobeira sua, mas tinha um desejo tolo de voltar com uma surpresa, o primeiro mascote de sua noiva, um dos monstros mais fortes daquela região, nem sequer sabia se poderia o enfrentar. O arrependimento veio em uma onda forte, mas o deixou com a mesma intensidade, precisava fazer aquilo, por si mesmo. Avançou, em passos lentos, quase incertos, corredor a dentro, uma das mãos arrastando na rocha ao seu lado, os olhos atentos no chão, qualquer movimento em falso e sua vida estaria acabada, e não pretendia acelerar esse processo de morte, não por agora pelo menos.

O corredor era assim como tinha imaginado, cravado na rocha, direcionado levemente em diagonal, seguindo o relevo externo onde a caverna se encontrava e descendo até um vale maior. Encontrava-se logo em uma espécie de redoma de pedra, uma grande área circular com um lago natural ao fundo, e logo um leve brilho azulado lhe chamou atenção. Era o que queria e esperava, o Behir. Engoliu a seco, puxando ambas as maças para suas mãos, agarrando-as com firmeza, o combate seria o maior problema, mas apostava no fato de a criatura ainda ser filhote, aquilo deveria lhe garantir alguma vantagem que fosse.

Respirou fundo mais uma vez, analisando a criatura. Devia ter mais metros de altura do que ele poderia contar, e cada movimento fazia o ambiente reverberar com pequenos ecos. As escamas quase em um casco, claramente muito mais duras do que as rochas ao seu redor, uma proteção justa para uma criatura daquelas. No alto da cabeça reptiliana um par de chifres curvos que poderiam assustar qualquer um, e talvez criar inveja em alguns Tieflings. Era hora de chamar atenção.

- Ei, grandão, finalmente te achei... - A criatura se virou rápido, olhando-o em um misto de surpresa e irritação, Avallon se mostrava claramente um desafio, com armas desembainhadas, e os Behir, por mais que não parecessem, falavam a mesma língua que as raças da superfície - Eu sei que sabe o que estou falando, então vamos ao que interessa... Eu quero você, você não quer ser meu, temos um problema, eu acho que vamos ter que resolver... -

O monstro fez um som que Avallon poderia jurar ser uma risada antes de avançar com todas suas patas em sua direção. Era como uma mistura de lagarta e dragão, azul e capaz de cospir rajadas de eletricidade, nada agradável. O Drow lançou o corpo lateralmente, rolando pelo chão para escapar da investida, se fosse pego, sabia que aquela coisa o esmagaria sem muita dificuldade. Precisava ser inteligente, não bruto.

Lançou uma das maças contra o Behir, que apenas se enroscou em seu próprio corpo, defendendo a arma com suas escamas. O Domador arqueou uma das sobrancelhas, considerando o ato esperto da criatura, era injusto que ele pudesse raciocinar dessa forma. Não teve tempo de divagar sobre as habilidades do monstro, que logo o atacou com outra investida. Avallon desviou novamente, sem muito problema, deixando que ele acertasse a parede rochosa com o corpo, por mais duro que fosse, um impacto daquele tinha que causar dor, por mínima que fosse.

Tinha agora apenas uma de suas maças em mãos, o que o enfraquecia ofensivamente, mas lhe auxiliava quando a questão era velocidade. Carregava metade do peso de antes, seria mais rápido. Aguardou que o Behir voltasse a avançar contra ele, subindo em uma rocha um pouco mais alta, e era hora de começar a por os planos loucos em ação. Quando o monstro atacou, esperou até que ele se aproximasse, tomando impulso e saltando sobre a cabeça da criatura. A mão direita se elevou com a maça, descendo em um arco contra o topo do crânio da criatura, no espaço exato entre os chifres, em uma pancada forte e direta.

Entrelaçou o braço livre em um dos chifres do Behir, prendendo as pernas ao redor de seu pescoço, quase como se montasse um touro. Levantou novamente a arma, pronto para golpear, mas o animal tinha tomado suas providências e logo estava atingindo a parede rochosa com o próprio corpo, fazendo com que Avallon se lançasse de cima dele contra o chão, arrastando alguns metros e sentindo o corpo ralar em diversas áreas.

Pôs-se de pé a tempo de ver o sangue azulado correr pela cabeça da critura, havia feito um bom estrago ali, e pretendia curar depois se conseguisse o Domar de fato. Em um movimento rápido, lançou a segunda maça contra ele, desarmando-se por completo, vendo que o monstro logo tomou a mesma providência de antes para se defender da arma. O Behir parecia tomar impulso no solo, enquanto Avallon posicionava os pés, afastando-os um do outro e flexionando levemente os joelhos, pronto para agir, seria o último movimento de cada um dos dois.

O monstro se lançou novamente ao ataque, pronto para tentar o agarrar, enquanto Avallon se jogou contra ele. Seria uma tentativa estúpida, e com certeza se machucaria, mas tentaria agarrar os dois chifres dele e o puxar contra o chão até que arrastasse e atingisse a parede rochosa. Com o ferimento na cabeça, a área estaria frágil e se aproveitaria disso para o enfraquecer de uma vez por todas, depois, bastaria o segurar até que garantisse que domaria a criatura. Por outro lado, se errasse, sabia que tomaria uma pancada forte e cairia, enquanto o Behir partiria com tudo contra a parede, com força o suficiente para provavelmente a atravessar de uma vez, e ficar livre para escapar por entre a floresta que cercava seu esconderijo. Seria tudo ou nada, e qualquer que fosse o resultado, já podia imaginar a bronca de Saphira ao chegar com seus mais novos ferimentos.

Thanks Tess
Avallon Auvryrret
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Mensagem por Goddess Seg Dez 01, 2014 10:23 am

Avaliação| EMP



O Behir golpeou seriamente o jovem domador, deixando-o desacordado e enveredando-se por entre as matas, fugindo do alcance daquele que pretendia capturá-lo. Avallon, por sua vez, recebera ferimentos sérios, e precisaria tratá-los, porém essa era uma preocupação para quando ele despertasse, pois agora ele dormia no berço do filhote que tinha ânsia de domar.

O adendo acima é pelo fato de que, como os dados mostraram, você ter falhado na tentativa. Apesar disso, gostei do modo como descreveu tudo, indo desde sua apreensão inicial por reconhecer o enorme poder do monstro até o medo - embora bem pouco, algo que não julgo pessoalmente por ainda não conhecer afundo o psicológico do personagem - ao enfrentá-lo. Todavia, achei que poderia ter se empenhado mais no embate, ele não combinou muito com a qualidade apresentada em toda a narração. Não é necessário que se faça um combate enorme, mas, sei de suas capacidades e afirmo que você pode mostrar uma batalha mais interessante que essa, por esse único motivo - que está ligado diretamente ao ofício que avalio -, creditarei 17 dos 20pp possíveis nesse tipo de empreitada à sua conta.

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