[EMP] Lost in The Woods
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The Forgotten :: Faerûn :: Reino de Cormyr :: Empregos :: Ladino
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[EMP] Lost in The Woods
Lobo Gigante
Os raios de sol invadiram, sem piedade, os aposentos de Lenora, levantando-a do leito aconchegante sobre o qual se encontrava a drow. Em um piscar de olhos, ela recordou-se de seus deveres e apressou-se em se por de pé e começar a preparar-se para sua caçada. Havia algum tempo, Lenora passara por uma situação não muito agradável, que lhe fornecera alguns ferimentos, acabando por ficar inválida de exercer uma de suas atividades favoritas. Porém, na noite anterior fora convocada por um morador local, que lhe dera a missão de procurar e domar um lobo gigante prometendo-lhe em troca, uma recompensa justa.
Após lavar-se e colocar suas vestes de caça, partiu, levando consigo apenas a adaga adquirida pouco tempo atrás e um pedaço de pão seco, para que pudesse alimentar-se no caminho. Dentro de si, um temor começou a crescer e ela não estava tão segura de si mesma... porém não podia falhar, jamais se permitiria isso. Nem que fosse preciso recomeçar de baixo, ela ainda viria a ser novamente uma grande domadora, qual o nome seria reconhecido nos quatro cantos de Cormyr.
O maldito sol continuava à pino, fazendo suor escorrer pelo seu rosto e desgastando suas energias, porém Lenora se manteve forte durante todo o percurso feito, sempre seguindo sem parar para nada (às vezes, somente, para mordiscar o velho pão e, então, punha-se em movimento mais uma vez) em direção a tão familiar floresta do reino. Lenora pôde sentir todas as sensações tomando conta de seu corpo, e neste instante ela já tinha certeza de que talvez não estivesse tão ruim assim. Avaliou os arredores, estudando cada pedaço e ouvindo atentamente tudo o que conseguia, enquanto procurava mentalmente, vestígios de onde sua presa poderia estar. A essa hora do dia, não seria um tarefa complicada encontrar um lobo, porém não se pode dizer o mesmo de capturar um.
Aos poucos, a drow adentrava aquela imensidão esverdeada, banhada pela luz cegante que vinha de cima. A primeira coisa a ser feita foi buscar vestígios de lugares por onde a matilha tivesse passado... alguns restos de presas, marcas de garras, leves pegadas no solo seco de verão. Caminhou por mais alguns metros, sempre lembrando-se da adaga que levava dentro das vestes, caso algum perigo viesse a se aproximar. Viu das mais diversas criaturas que se pode imaginar, contudo seus preciosos lobinhos continuavam ocultos mata à dentro e portanto não viu problema em recosta-se em alguma árvore próxima a um laguinho para terminar com o que restava do pão (sendo que devorou-o em questão de segundos) e lavar o rosto, afastando a quentura que insistia em lhe atrapalhar. Enquanto preparava-se para retornar ao serviço, Lenora ouviu aquele som tão familiar, sem fazer nenhum movimento brusco levantou os olhos, a fim de confirmar suas suspeitas: uma criaturinha um tanto desajeitada, que tentava se equilibrar sobre as quatro patas, saciava sua sede nas mesmas águas que e domadora. De pelagem acinzentada, o lobinho não deveria ter mais de 40 centímetros, o que claramente denunciava que era um filhote e, sendo justamente aquilo que precisava, um filhote de lobos gigantes.
Usando suas táticas, conseguiu aproximar-se sem espantar o animal – fazendo-o apenas recuar alguns poucos centímetros, mas atraindo sua imensa curiosidade – e, quando se viu perto o suficiente, parou:
− Olá, amiguinho... não! Não precisa fugir, não quero te fazer mal. Isso, venha – o tom em sua voz era extremamente baixo entretanto, até agora, o lobo continuava no mesmo lugar, seus grandes olhos fixos em alguma coisa, Lenora seguiu o olhar, que pairava sob uma tira de pano solta da manga de sua camisa. Sem pensar duas vezes, terminou de arrancá-la e sacudiu-a em movimento hipnóticos – Você quer isso? Pode vir, pode pegar – mesmo não parecendo tão interessado, ele se aproximou ainda mais. – Qual é seu nome, hein? Você está sozinho? Pobrezinho – e, usando sua barganha, a drow ficou a uma distância na qual poderia tocar no animal e assim o fez.
Acariciou sua cabeça, ganhando sua confiança, enquanto ele mordia o pedaço de tecido com voracidade, espalhando baba por todos os lugares. Aquilo atiçou a curiosidade de Lenora, como poderia um lobo ficar tão atraído por esse tipo de coisa? E, então, recordou-se que por ser sua roupa de caça, havia vários vestígios de sangue espalhados por ela. Com toda a certeza isso que o havia atraído. Sem perder mais tempo, segurou o pequeno nos braços, ele (ou melhor, ela, como podia verificar agora) não deu muita importância para esse fato, mas Lenora sim. Estava claro que este filhote havia se perdido da matilha, e vagava sozinho, tentando voltar para o grupo e isso significava que ele tinha uma mãe, a qual se presenciasse a cena, não hesitaria em atacar. Lenora ainda cogitou a ideia de levá-lo consigo para poder domá-lo, mas não deveria ter muitos dias de vida e ainda precisaria ser amamentado, ela preferia optar por um animal mais velho, que já estivesse nos seus dois ou três meses – uma boa idade para começar o treinamento.
− Quer voltar para sua mamãe? Claro que quer, espere só um momento que te levarei até ela, está bem? – com essas palavras, foi atrás de alguns cipós para poder fazer uma armadilha, não queria arriscar caso os outros não fossem tão dóceis, e começou a tecê-la. – Fique quietinho aí, está bem? − no entanto, a fêmea não parecia querer sair dali tão cedo.
Após terminar tudo o que precisava, Lenora só necessitava agora de uma presa – que não seria difícil de encontrar naquela região. Como era de se esperar, logo tinha uma bela lebre morta nas mãos. Atiçada pelo cheiro de sangue e carne fresca, a lobinha se agitou, fazendo várias tentativas fracas de uivos. Isso atrairia o resto do grupo, era só esperar. Cuidadosamente, Lenora usou a adaga para retirar um pequeno pedaço da lebre:
− Pegue, mas só isso – disse, jogando-a para sua companheira. Aproveitando a distração do animal, correu para esconder-se (não antes de se livrar de qualquer vestígio da caça em suas roupas) atrás de algumas moitas. Restava aguardar.
O outro pedaço ensanguentado de lebre estava repousado sob a base da armadilha, aguardando algum parente faminto. Não tardou para que aparecessem, porém não eram uma matilha muito grande, pareciam mais uma família. Na frente vinha a fêmea – também cinza, com cerca de 1,5 de altura, as presas expostas e o olhar ameaçador. Ao seu encalço, três lobos de idade média seguiam a mesma postura. A mãe logo avistou o filhote, e correu em sua direção, roubando-lhe um pedaço de comida e acariciando-o de sua forma. Os demais ficaram na retaguarda, esperando alguma ordem. De uma só vez avançaram para minha armadilha, sedentos pela carne. Dois deles se atracaram em uma briga e, o terceiro, aproveitando a deixa, atacou a caça “zupt” a rede se fechou nas pontas, sendo erguida até ficar alta o suficiente para que nem a mãe deles conseguisse soltar.
Arregalando os olhos, assustados com o súbito acontecimento, os outros fugiram (desta vez, a mãe lembrou-se de levar sua cria pela boca) uivando alto e deixando uma nuvem de terra e folhas secas no ar. A garota esperou até eles estarem bastante longe, e soltou a corda que prendia a rede no alto, o lobo capturado era novamente uma fêmea e deveria ter cerca de um mês. Ainda era bastante nova, porém isso significava que seria mais simples lidar com ela. A carne restante começava a cozinhar com o sol do meio dia, e ela precisava definitivamente sair daquele lugar. Analisou seu capturado, que tinha os pelos bem claros e dentes fortes o bastante para quebrar alguns ossos. A loba rosnava e atacava, cada vez que ela se aproximava... é, não era tão amigável.
− Hey, eu não vou te matar. Não a menos que você tente fazer o mesmo comigo, então trate de se comportar se quiser mais alimento. – E começou a arrastar a rede consigo, parando mais uma vez no lago para dar um jeito na garganta seca, aproveitando e dando de beber para o animal. Se ia treiná-lo, precisava que estivesse saudável.
E, assim, Lenora se dirigiu para uma região bem mais afastada – na qual, ela sabia, não haveriam familiares obsessivos assassinos que tentassem salvar aquela criatura.
− Está bem, vamos começar. Eu preciso te soltar para que possamos iniciar o treinamento, mas não dá para fazer isso com essa sua cara de quem comeu e não gostou... eu tenho certeza de que a lebre estava boa. – um rosnado – Calma, criatura. Calma. – Lenora afrouxou a rede, para que a loba pudesse se mover em seu interior – Acho que podemos iniciar. – recebeu mais um rosnado em troca, mas isso não importava muito.
Antes de tudo ela precisava de um agrado para que o animal pudesse associar as ordens, porém devido ao calor não haviam muitos à vista, somente coelhos. E eles teriam de servir. Matou dois e os deixou reservados, os olhos da loba brilhando de expectativa enquanto ela lambia os beiços.
− Se quer, tem que merecer. Agora, fique. – ordenou, e se aproximou. A loba avançou. – Fique. – Disse Lenora firme, sem demonstrar medo. Mais rosnados e um ataque. − Eu disse “fique” – Dessa vez ela falou um pouco mais alto, porém não gritando, e fez um movimento com as mãos, indicando o comando. O animal pareceu assimilar a ideia, sua face se tornou menos agressiva e mais expressiva. Lenora disse uma última vez – Fique. – e funcionou.
Aquele era o ensinamento básico, uma vez que a loba entendesse que deveria ficar, ela não hesitaria em receber outras ordens. Tudo o que precisava, era aprendê-las. As duas repetiram o exercício algumas vezes ainda, sendo que somente no final, quando a criatura entendia perfeitamente que precisava ficar, foi dada a recompensa, que logo foi devorada com voracidade.
Ainda era muito cedo para tirá-la de dentro da proteção, contudo como havia tido um bom desempenho na tarefa, a drow decidiu arriscar-se. Temendo um pouco, cortou os cipós:
− Fique. – falou. A loba hesitou, fez como se fosse avançar. Recuou. – Fique. – ela obedeceu, e Lenora lhe jogou mais um pedaço suculento de coelho.
Finalmente o sol não estava queimando, algumas nuvens o encobriam e uma brisa suave soprava as folhas das copas das árvores.
− Venha. – Arriscou-se em dizer, batendo em sua coxa, para dar ênfase ao comando. Para sua surpresa, a loba respondeu imediatamente, caminhando até seus pés. Ambas estavam desconfiadas. Lenora recuou, indicando com a mão que o animal deveria permanecer parado, mas não obteve resultado – novamente, a loba estava aos seus pés.
− Fique – ela tentou mais uma vez, e parecia que o animal só entendia quando dado o comando de voz. Elas precisariam trabalhar aquilo depois.
Por toda a tarde focaram nas duas tarefas: Fique e Venha. Eram essenciais, tanto para ganhar a confiança do animal, como para treinar o cérebro dele para obedecer. A noite já estava caindo, e logo mais ficaria impossível achar o caminho de volta, era hora de retornar. Prendendo a loba de forma segura, Lenora começou o caminho para sua aldeia em Cormyr, a essa altura o animal já estava mais tranquilo e com a barriga cheia (os dois coelhos acabaram mais rápido do que se esperava), diferente da garota, que tinha o estômago roncando.
As luzes começaram a brilhar ao longe e ela soube que havia chegado ao vilarejo, logo mais estaria pronta para seguir com o treinamento.
Três dias depois de muito cansaço – juntamente com algumas mordidas e algumas galinhas roubadas dos vizinhos – Lenora havia alcançado ao seu objetivo: o animal entendia as ordens básicas que foram encomendadas e estava pronto para ser passado à diante.
Após lavar-se e colocar suas vestes de caça, partiu, levando consigo apenas a adaga adquirida pouco tempo atrás e um pedaço de pão seco, para que pudesse alimentar-se no caminho. Dentro de si, um temor começou a crescer e ela não estava tão segura de si mesma... porém não podia falhar, jamais se permitiria isso. Nem que fosse preciso recomeçar de baixo, ela ainda viria a ser novamente uma grande domadora, qual o nome seria reconhecido nos quatro cantos de Cormyr.
O maldito sol continuava à pino, fazendo suor escorrer pelo seu rosto e desgastando suas energias, porém Lenora se manteve forte durante todo o percurso feito, sempre seguindo sem parar para nada (às vezes, somente, para mordiscar o velho pão e, então, punha-se em movimento mais uma vez) em direção a tão familiar floresta do reino. Lenora pôde sentir todas as sensações tomando conta de seu corpo, e neste instante ela já tinha certeza de que talvez não estivesse tão ruim assim. Avaliou os arredores, estudando cada pedaço e ouvindo atentamente tudo o que conseguia, enquanto procurava mentalmente, vestígios de onde sua presa poderia estar. A essa hora do dia, não seria um tarefa complicada encontrar um lobo, porém não se pode dizer o mesmo de capturar um.
Aos poucos, a drow adentrava aquela imensidão esverdeada, banhada pela luz cegante que vinha de cima. A primeira coisa a ser feita foi buscar vestígios de lugares por onde a matilha tivesse passado... alguns restos de presas, marcas de garras, leves pegadas no solo seco de verão. Caminhou por mais alguns metros, sempre lembrando-se da adaga que levava dentro das vestes, caso algum perigo viesse a se aproximar. Viu das mais diversas criaturas que se pode imaginar, contudo seus preciosos lobinhos continuavam ocultos mata à dentro e portanto não viu problema em recosta-se em alguma árvore próxima a um laguinho para terminar com o que restava do pão (sendo que devorou-o em questão de segundos) e lavar o rosto, afastando a quentura que insistia em lhe atrapalhar. Enquanto preparava-se para retornar ao serviço, Lenora ouviu aquele som tão familiar, sem fazer nenhum movimento brusco levantou os olhos, a fim de confirmar suas suspeitas: uma criaturinha um tanto desajeitada, que tentava se equilibrar sobre as quatro patas, saciava sua sede nas mesmas águas que e domadora. De pelagem acinzentada, o lobinho não deveria ter mais de 40 centímetros, o que claramente denunciava que era um filhote e, sendo justamente aquilo que precisava, um filhote de lobos gigantes.
Usando suas táticas, conseguiu aproximar-se sem espantar o animal – fazendo-o apenas recuar alguns poucos centímetros, mas atraindo sua imensa curiosidade – e, quando se viu perto o suficiente, parou:
− Olá, amiguinho... não! Não precisa fugir, não quero te fazer mal. Isso, venha – o tom em sua voz era extremamente baixo entretanto, até agora, o lobo continuava no mesmo lugar, seus grandes olhos fixos em alguma coisa, Lenora seguiu o olhar, que pairava sob uma tira de pano solta da manga de sua camisa. Sem pensar duas vezes, terminou de arrancá-la e sacudiu-a em movimento hipnóticos – Você quer isso? Pode vir, pode pegar – mesmo não parecendo tão interessado, ele se aproximou ainda mais. – Qual é seu nome, hein? Você está sozinho? Pobrezinho – e, usando sua barganha, a drow ficou a uma distância na qual poderia tocar no animal e assim o fez.
Acariciou sua cabeça, ganhando sua confiança, enquanto ele mordia o pedaço de tecido com voracidade, espalhando baba por todos os lugares. Aquilo atiçou a curiosidade de Lenora, como poderia um lobo ficar tão atraído por esse tipo de coisa? E, então, recordou-se que por ser sua roupa de caça, havia vários vestígios de sangue espalhados por ela. Com toda a certeza isso que o havia atraído. Sem perder mais tempo, segurou o pequeno nos braços, ele (ou melhor, ela, como podia verificar agora) não deu muita importância para esse fato, mas Lenora sim. Estava claro que este filhote havia se perdido da matilha, e vagava sozinho, tentando voltar para o grupo e isso significava que ele tinha uma mãe, a qual se presenciasse a cena, não hesitaria em atacar. Lenora ainda cogitou a ideia de levá-lo consigo para poder domá-lo, mas não deveria ter muitos dias de vida e ainda precisaria ser amamentado, ela preferia optar por um animal mais velho, que já estivesse nos seus dois ou três meses – uma boa idade para começar o treinamento.
− Quer voltar para sua mamãe? Claro que quer, espere só um momento que te levarei até ela, está bem? – com essas palavras, foi atrás de alguns cipós para poder fazer uma armadilha, não queria arriscar caso os outros não fossem tão dóceis, e começou a tecê-la. – Fique quietinho aí, está bem? − no entanto, a fêmea não parecia querer sair dali tão cedo.
Após terminar tudo o que precisava, Lenora só necessitava agora de uma presa – que não seria difícil de encontrar naquela região. Como era de se esperar, logo tinha uma bela lebre morta nas mãos. Atiçada pelo cheiro de sangue e carne fresca, a lobinha se agitou, fazendo várias tentativas fracas de uivos. Isso atrairia o resto do grupo, era só esperar. Cuidadosamente, Lenora usou a adaga para retirar um pequeno pedaço da lebre:
− Pegue, mas só isso – disse, jogando-a para sua companheira. Aproveitando a distração do animal, correu para esconder-se (não antes de se livrar de qualquer vestígio da caça em suas roupas) atrás de algumas moitas. Restava aguardar.
O outro pedaço ensanguentado de lebre estava repousado sob a base da armadilha, aguardando algum parente faminto. Não tardou para que aparecessem, porém não eram uma matilha muito grande, pareciam mais uma família. Na frente vinha a fêmea – também cinza, com cerca de 1,5 de altura, as presas expostas e o olhar ameaçador. Ao seu encalço, três lobos de idade média seguiam a mesma postura. A mãe logo avistou o filhote, e correu em sua direção, roubando-lhe um pedaço de comida e acariciando-o de sua forma. Os demais ficaram na retaguarda, esperando alguma ordem. De uma só vez avançaram para minha armadilha, sedentos pela carne. Dois deles se atracaram em uma briga e, o terceiro, aproveitando a deixa, atacou a caça “zupt” a rede se fechou nas pontas, sendo erguida até ficar alta o suficiente para que nem a mãe deles conseguisse soltar.
Arregalando os olhos, assustados com o súbito acontecimento, os outros fugiram (desta vez, a mãe lembrou-se de levar sua cria pela boca) uivando alto e deixando uma nuvem de terra e folhas secas no ar. A garota esperou até eles estarem bastante longe, e soltou a corda que prendia a rede no alto, o lobo capturado era novamente uma fêmea e deveria ter cerca de um mês. Ainda era bastante nova, porém isso significava que seria mais simples lidar com ela. A carne restante começava a cozinhar com o sol do meio dia, e ela precisava definitivamente sair daquele lugar. Analisou seu capturado, que tinha os pelos bem claros e dentes fortes o bastante para quebrar alguns ossos. A loba rosnava e atacava, cada vez que ela se aproximava... é, não era tão amigável.
− Hey, eu não vou te matar. Não a menos que você tente fazer o mesmo comigo, então trate de se comportar se quiser mais alimento. – E começou a arrastar a rede consigo, parando mais uma vez no lago para dar um jeito na garganta seca, aproveitando e dando de beber para o animal. Se ia treiná-lo, precisava que estivesse saudável.
E, assim, Lenora se dirigiu para uma região bem mais afastada – na qual, ela sabia, não haveriam familiares obsessivos assassinos que tentassem salvar aquela criatura.
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− Está bem, vamos começar. Eu preciso te soltar para que possamos iniciar o treinamento, mas não dá para fazer isso com essa sua cara de quem comeu e não gostou... eu tenho certeza de que a lebre estava boa. – um rosnado – Calma, criatura. Calma. – Lenora afrouxou a rede, para que a loba pudesse se mover em seu interior – Acho que podemos iniciar. – recebeu mais um rosnado em troca, mas isso não importava muito.
Antes de tudo ela precisava de um agrado para que o animal pudesse associar as ordens, porém devido ao calor não haviam muitos à vista, somente coelhos. E eles teriam de servir. Matou dois e os deixou reservados, os olhos da loba brilhando de expectativa enquanto ela lambia os beiços.
− Se quer, tem que merecer. Agora, fique. – ordenou, e se aproximou. A loba avançou. – Fique. – Disse Lenora firme, sem demonstrar medo. Mais rosnados e um ataque. − Eu disse “fique” – Dessa vez ela falou um pouco mais alto, porém não gritando, e fez um movimento com as mãos, indicando o comando. O animal pareceu assimilar a ideia, sua face se tornou menos agressiva e mais expressiva. Lenora disse uma última vez – Fique. – e funcionou.
Aquele era o ensinamento básico, uma vez que a loba entendesse que deveria ficar, ela não hesitaria em receber outras ordens. Tudo o que precisava, era aprendê-las. As duas repetiram o exercício algumas vezes ainda, sendo que somente no final, quando a criatura entendia perfeitamente que precisava ficar, foi dada a recompensa, que logo foi devorada com voracidade.
Ainda era muito cedo para tirá-la de dentro da proteção, contudo como havia tido um bom desempenho na tarefa, a drow decidiu arriscar-se. Temendo um pouco, cortou os cipós:
− Fique. – falou. A loba hesitou, fez como se fosse avançar. Recuou. – Fique. – ela obedeceu, e Lenora lhe jogou mais um pedaço suculento de coelho.
Finalmente o sol não estava queimando, algumas nuvens o encobriam e uma brisa suave soprava as folhas das copas das árvores.
− Venha. – Arriscou-se em dizer, batendo em sua coxa, para dar ênfase ao comando. Para sua surpresa, a loba respondeu imediatamente, caminhando até seus pés. Ambas estavam desconfiadas. Lenora recuou, indicando com a mão que o animal deveria permanecer parado, mas não obteve resultado – novamente, a loba estava aos seus pés.
− Fique – ela tentou mais uma vez, e parecia que o animal só entendia quando dado o comando de voz. Elas precisariam trabalhar aquilo depois.
Por toda a tarde focaram nas duas tarefas: Fique e Venha. Eram essenciais, tanto para ganhar a confiança do animal, como para treinar o cérebro dele para obedecer. A noite já estava caindo, e logo mais ficaria impossível achar o caminho de volta, era hora de retornar. Prendendo a loba de forma segura, Lenora começou o caminho para sua aldeia em Cormyr, a essa altura o animal já estava mais tranquilo e com a barriga cheia (os dois coelhos acabaram mais rápido do que se esperava), diferente da garota, que tinha o estômago roncando.
As luzes começaram a brilhar ao longe e ela soube que havia chegado ao vilarejo, logo mais estaria pronta para seguir com o treinamento.
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Três dias depois de muito cansaço – juntamente com algumas mordidas e algumas galinhas roubadas dos vizinhos – Lenora havia alcançado ao seu objetivo: o animal entendia as ordens básicas que foram encomendadas e estava pronto para ser passado à diante.
- Item levado:
- - Adaga [Aço // Dano: 07 // Peso: 0.2kg // Estado: Perfeito] - 5 pp Falcões de Prata
- Observação:
- *É a primeira vez que escrevo algo do tipo, aceitaria dicas do avaliador.
"LEGENDA"
NARRAÇÃO - FALA 1 - FALA 2 - PENSAMENTO
Lenora R. Locksley Hood
Ficha de Persogem
Pontos de Vida:
(55/55)
Re: [EMP] Lost in The Woods
Avaliação
Seria interessante você colocar na narração que viu um monstro, mas conseguiu disfarçar-se entre a mata, ou esconder-se, ou fugir. Por que na floresta real há muitos monstros, independente da hora do dia e não só animais. Então poderia ressaltar isso, deixar essa característica presente em sua narração.
“Usando suas táticas”. Quais táticas? Seja mais detalhista sobre como aproximou-se do animal, o que pensava, qual era seu sentimento naquele momento. Em uma emprego de domadora, você tem que detalhar ao máximo seu contato com o animal, para formalizar o seu ofício e o deixar mais claro.
“Matou dois”. Como? Especifique sempre como realizou os atos importantes para sua narração.
Tirando essas pequenas observações, eu amei sua narração, principalmente o modo que decidiu domar o lobo, tanto através do lado psíquico – contato natural com o lobo –, quanto pelo pequeno treino que submeteu-o. Está de parabéns, Lenora.
Favor, lance os dados aqui.
Recompensa: 18 PP
Guardian
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