[EXP] Llurth Dreir - Saphira & Avallon

Dungeon

Os corvos voaram ao mesmo tempo em que um forte som se espalhou por toda a ruína. O estado deteriorado das ruínas só crescia com o tempo, então é comum que algumas paredes tombem e causem sons assustadores que ecoam por todo os lados. Um dia este local já possuiu glória e muitos guerreiros conhecidos pelo seu poder. Mas hoje restam apenas resquícios do que significou tudo isso.  

Poucas pessoas eram capazes de submeter suas presenças à este lugar, então ele está sempre abandonado. Ou talvez não. São incontáveis as criaturas que o habitam, nunca houve alguém capaz de catalogar. Muitos exploradores evitam estes caminhos, pelo perigo que ele representa. Mas, sempre haverá alguém que irá enfrentar as condições que as ruínas oferecem.

Era manhã, ainda bem cedo. O sol aquecia as pedras banhadas pelo orvalho da noite, evaporando cada gotinha que ali havia acumulado. Uma rasteira e densa névoa aos poucos ia se dissipando pelos arredores, principalmente pela entrada das ruínas. Os pássaros chilreavam e os insetos saltavam em diversas direções. Passos anunciavam a aproximação de alguém. Um corajoso resolveu visitar o lugar. Um não, talvez dois. Os passos começaram a se destacar e deixar claro que não era alguém sozinho. Caminhavam lado a lado, parando diante da entrada das Ruínas. Não teriam muito trabalho para entrar, pois uma das metades do grande portão de entrada estava caída, deixando o caminho livre para qualquer ser que desejasse entrar. Mas uma vez dentro, estarão submetidos a qualquer situação. Seja ela boa ou ruim. Além disso, a luz do sol atinge poucas partes das áreas internas da ruína. Seria bom se eles tivesse alguma fonte de iluminação. Caso contrário, seria ainda mais perigoso. Nunca se sabe o que das sombras pode surgir.




- Post Introdutório, então devem narrar até a entrada;
- 24 Horas para postar;
- No primeiro post deverá listar os itens que está carregando, para que possa ser calculado o peso e o desconto de sua destreza;
- Sempre por em spoiler os itens que utilizar em suas ações, desde que estejam em seu inventário;
- Estará liberado o uso de uma tocha para iluminar os ambientes, caso não possuam outra forma de iluminar;
- Poderão interromper o avanço na Dungeon a qualquer momento, exceto em combate;
- Seus PV's, PR's e PM's serão descontados de acordo com seu desempenho;

The Ruins
such a beautiful ruin

A princesa drow tinha um recorde admirável em ideias perigosas e completamente absurdas. Portanto, sua vida nunca seria um tédio, muito menos a de Avallon, que acompanhava as suas aventuras loucas por toda Cormyr. Não era atoa que carregava em suas costas o título de Filha de Tempus.

Dessa vez, sugerira em visitar as ruínas de uma cidade que já fora um dos maiores e melhores reinos de toda Faêrun, mas antes disso, apenas disse que precisavam seguir ao extremo leste de Cormyr, bem próximo aos Picos de Trovão, uma região por demais perigosa para todos os tipos de aventureiros, por ser tomada pelos mais fortes orcs, goblins e trolls. Avallon insistia em perguntar por quê tomavam tal caminho, mas a sua amada apenas o ignorava, um silêncio irrevogável por parte dela. Temia que ele não a deixasse seguir em frente, se soubessem para onde o guiava.  Atravessaram em completo silêncio e cuidado a floresta de Hullack e ao fim dela, bem próximos a temida Pedra, encontraram a entrada para o local que mais queria encontrar: Llurth Deir, o Reino Abandonado.

Era a manhã do décimo terceiro dia de viagem, podia enxergar o sol anunciar seus primeiros raios no horizonte, iluminando as ruínas à sua frente. O local fazia jus ao seu novo nome, apenas habitado aparentemente por corvos, que voaram o mais rápido possível ao escutarem os passos dos dois aventureiros destemidos. A névoa da madrugada dissipava-se, revelando uma visão um tanto quanto perturbadora para os drows, que assistiram sua raça ser expulsa para o subterrâneo. Eis uma relíquia de que um dia existiram na superfície, reinando majestosamente como as outras raças, demonstrando poder e respeito.


Metade de um portão banhado em prata e ouro estava caído sobre o chão, revelando uma entrada facilitada. Olhou para seu amado com um sorriso ansioso, enquanto abaixava o capuz azul escuro e revelava o rosto coberto por marcas da realeza L’Mönt.

- Eu precisava voltar aqui, meu amor. – Explicou-se, aproximando do portão e tocando-o com um carinho muito pouco expresso por Saphira. – É uma relíquia de nossa espécie e talvez, muito talvez, encontremos algo que salve meu reino. – Avallon já sabia da situação da irmã de sua amada no trono, que provavelmente iria causar apenas carnificina ao seu bel prazer. – E não custa nada espiarmos nosso passado. Perdão por não ter contato, mas sabia que você poderia recusar. – Disse, soando egoísta como sempre fora.

Na bainha das costas, carregava uma azagaia feita de glacium, assim como uma de suas adagas presa no quadril com a outra normal. Atrás de seu verno, estava Drakar, seu yetizeel, uma espécime de monstro das neves, domado e com sua lealdade designada a drow. Ele levava consigo um saco com diversos tipos de comida, desde simples containers com água, até  bolo, pães e tortas. Em sua mão, utilizava dois anéis, um de esmeralda e outro de rubi, ambos que lhe davam melhor desempenho na batalha, assim como o belo colar de diamante. Além disso, protegendo o corpo inteiro, utilizava uma bela armadura azul e branca, que brilhava um pouco.

Estendeu uma mão para que Drakar aproximasse e caçou em meio a tantos alimentos, um pouco de água, tomando um litro inteiro devido a sede que estava [recuperar 35 pontos e retirar um jarro do arsenal].  Limpou os lábios com os dedos e aproximou de seu amado, tomando-lhe os lábios em um beijo carinhoso.

- Precisamos de uma tocha, verno. – Chamou-o quase melosa, pelo seu apelido carinhoso, - Lá dentro deve ter algumas partes muito escuras. – Explicou, enquanto começava a andar em direção o portão e por fim, atravessava, acompanhada por Drakar, com seus passos um tanto pesados. – Vamos?

No mesmo momento, escutou um barulho muito alto, parecia algo pesado caindo. Um leve tremor no chão fez-se presente, forçando-a segurar no ombro de seu noivo. Não preocupava em demonstrar medo diante dele, afinal, era completamente verdadeira com Avallon. Parecia ter caído mais um pedaço do que antes era um castelo e suspirou longamente, imaginando o que encontraria quanto mais aprofundasse naquelas ruínas. Não temia pela sua vida, mas a de seu amado. Por que não o deixara para trás?

Itens:

Pontos:

ruins of a forgotten past

Tinha um pressentimento estranho sobre aquilo, mas não sabia dizer exatamente do que se tratava. Saphira sempre surgia com ideias novas de aventuras loucas e claro, Avallon a seguia sem nunca reclamar, mas dessa vez algo lhe parecia estranho, principalmente a teimosia da amada em lhe dizer onde iam afinal.

Desde o festival pareciam ter ficado um pouco mais próximos um do outro, talvez pelo detalhe de que agora, nenhum dos dois guardava segredo do outro, ambos haviam finalmente sido completamente sinceros sobre o passado, criando um laço de cumplicidade que parecia não existir antes, ou pelo menos, não da mesma forma.

Não tardou para que os olhos avermelhados encarassem o destino daquela viagem, pouco depois da floresta. Sentiu um arrepio gelado lhe percorrer a espinha, como se o sangue em suas veias tivesse congelado. Avallon parou, estático e imóvel, incapaz de proferir uma palavra que fosse sobre aquilo. Os portões em ruínas traziam ruídos de memórias e acontecimentos que buscava apagar de sua mente.

Por um momento, ainda oculto sobre o capuz, toda sua história dentro de cidades Drows passou em sua cabeça. As viagens, as visitas a outros reinos, as brincadeiras com a irmã, e por fim, a fuga que o baniu para sempre. Saphira se aproximou ansiosa do portão, explicando algo sobre a busca de algo que a ajudasse a salvar o reino. O Drow fechou a mão com toda força que tinha, cravando as unhas contra a própria palma até que estivesse próximo de a perfurar, a dor o ajudaria a sair daquele transe louco.

Respirava pesadamente, o corpo claramente tenso diante da situação. Entendia as razões de Saphira, para ela, salvar o reino da irmã e assumir o lugar merecido no trono era o que precisava, mas Avallon sabia o que aquilo geraria. Iria para sempre se afastar de Saphira, e se ela tentasse anular as ordens de sua mãe, sua raça entraria em uma guerra tola e sem sentido, muitos morreriam por ele. Engoliu a seco, não sabia o que o destino o reservava, mas sabia que não seria nada fácil ou feliz.

Percebeu ela se aproximando e retribuiu o beijo que lhe foi dado, forçando-se o máximo que conseguia para que a tensão fosse disfarçada naquele ato. Observava ela se afastar em direção ao portão citando sobre a escuridão que os seguiria dali para frente. Em situações normais, Avallon se adiantaria a comentar sobre os dois em um canto escuro, e como aquilo não soava tão mal assim, mas dessa vez, fez silêncio.

Não a deixaria ir sozinha, jamais, e então caminhou. Em sua cabeça as palavras de sua mãe enquanto o bania martelavam com força, como se o acertassem com um bastão a cada passo que dava em direção aos portões. Podia ouvir vozes estranhas correndo pela mente, ruídos do passado enquanto caminhava pelas ruas movimentadas.

Atravessou a entrada com os olhos quase fechados, ignorando o som que parecia se fazer ao longe, sua mente gerando sons próprios derivados de um passado distante. Mesmo que fossem ruínas, fora banido de qualquer terra Drow por toda a eternidade, e agora desafiava aquelas palavras com um pesar incomum, como se ir contra as palavras de sua mãe queimasse seu corpo por dentro. Permaneceu em silêncio, mas avançou junto de sua amada, pronto para o que viesse a sua frente.

WITH: Saphira ✖ WHERE: Llurth Dreir ✖ DOING: -x- ✖ POST: 001

@Lilah